A trombofilia na gestação é uma condição que aumenta o risco de formação de coágulos sanguíneos e pode impactar a saúde da mãe e do bebê. Apesar de nem toda trombofilia exigir tratamento, identificar e acompanhar corretamente é fundamental para prevenir complicações.

Neste artigo, você vai entender o que é trombofilia, quais são os riscos na gravidez, como é feito o diagnóstico e quais opções de tratamento existem.

 O que é trombofilia?

Trombofilia é a tendência aumentada de formar coágulos sanguíneos (tromboses), causada por alterações genéticas (hereditárias) ou adquiridas ao longo da vida.

Na gestação, essa predisposição pode se somar às mudanças naturais da coagulação que ocorrem para proteger a mãe de sangramentos no parto — aumentando ainda mais o risco de trombose.

Quais os riscos da trombofilia na gestação?

A trombofilia pode estar associada a complicações obstétricas, como:

  • Trombose venosa profunda ou embolia pulmonar
  • Aborto espontâneo de repetição
  • Pré-eclâmpsia (pressão alta na gravidez)
  • Descolamento prematuro da placenta
  • Restrição de crescimento fetal
  • Óbito fetal

É importante destacar que ter trombofilia não significa que todas essas complicações vão ocorrer, mas sim que existe um risco aumentado

Causas da trombofilia:

  • Hereditárias (genéticas)
  • Mutação do fator V Leiden
  • Mutação da protrombina G20210A
  • Deficiência de antitrombina
  • Deficiência de proteína C
  • Deficiência de proteína S
  • Adquiridas 
  • Síndrome do anticorpo antifosfolípide (SAF)
  • Doenças autoimunes
  • Câncer
  • Uso de hormônios (em períodos anteriores à gestação)     
  • Doenças inflamatórias
    Como é feito o diagnóstico?
  • O diagnóstico é realizado por meio de exames de sangue específicos, solicitados conforme histórico clínico e familiar. Nem todas as gestantes precisam fazer essa investigação — ela costuma ser indicada em casos de:
  • Histórico pessoal ou familiar de trombose
  • Abortos de repetição
  • Complicações graves em gestações anteriores
  • Doenças autoimunes associadas
  • Avaliação individualizada                            

  • Tratamento e acompanhamento
  • O tratamento depende do tipo de trombofilia, do histórico da paciente e da presença de complicações. As principais medidas incluem:
    • Acompanhamento com hematologista durante toda a gestação
    • Uso de anticoagulantes (como heparina de baixo peso molecular) quando indicado
    • Monitoramento laboratorial e ultrassonográfico frequente
    • Prevenção de fatores de risco adicionais, como imobilidade prolongada